sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Cárcere da Inveja



Originária desde tempos antigos, a inveja é um pecados capitais que mais me assusta. Sempre caminhando ao lado da cobiça, um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba. São indivíduos que disputam poder, riquezas e status. Existe uma frase do escritor espanhol Franscico Quevedo: “A inveja é assim tão magra e pálida porque morde e não come”. É o desequilíbrio íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que se faz em relação à outra pessoa em algum aspecto específico. É uma ferida que tende a se agravar à medida mais e mais com o desamor, as derrotas e a falta de humanidade."
Existe uma parábola sobre um vaga-lume chamado Spai, que voava pela floresta e, como de costume percorria determinado caminho para ir para casa. No meio do caminho notou a presença de outro animal, porém não deu muita atenção, pois se tratava de uma cobra, um bicho que nunca o incomodaria. Spai continuou a voar e percebeu que a cobra começou a segui-lo. Quanto mais rápido voava mais rápido a cobra o seguia. Em determinado momento o vaga-lume cansou-se e, vendo que a cobra estava cada vez mais perto, resolveu parar e enfrentar a desafiante. A cobra demonstrava raiva e deixava clara a intenção de devorá-lo simplesmente. “Por que tu me segues? Por que tu me queres matar? Eu nem faço parte de sua cadeia alimentar. Eu não te fiz nada!”, quetionou Spai. A cobra respondeu um simplesmente “Não sei”. Então o vaga-lume insistiu na pergunta e a cobra finalmente desabafou: “Ora vaga-lume, eu odeio ver alguém brilhar na minha frente”.
Assim acontece entre os seres humanos, que preferem canalizar energias na inveja e maldade ao próximo ao invés de usá-las em benefício próprio, grandes feitos ou realizações. Como disse o pensador Rafael de Oliveira Leme: “Num lugar onde é semeado inveja, as idéias nascem mortas”.
(por Wagner Sanches, Jornalista)

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